terça-feira, 23 de março de 2010

Music makes the people




Eu sou um músico frustrado. hmm, na verdade um cantor.
eu me impressiono e acho bonitinho ( mas não demonstro, não vou perder a pose de durão ) ver meu irmão tocando atrapalhadamente 20 tipos de instrumento.
Se eu fosse cantar ao vivo, queria que fosse que nem o Rivers Cuomo do Weezer performando Kids do MGMT com Poker Face.
Obviamente eu canto muito no chuveiro. Eu faço remix e electro acapella. tenho um prazer insano em colecionar o maior número possível de versões de uma música. Eu fico arrepiado com algumas pessoas cantando a menos de 10 metros de mim.
Talvez eu sinta falta de ouvir minha voz. Talvez tudo ande muito silencioso, e eu sempre odiei e vou odiar o silêncio com todas as minhas forças. Eu sinto muita vergonha de ouvir minha voz gravada. já me falaram que eu deveria consultar um fonoaudiólogo por falar tão rápido. mas quando eu estou bêbado, meu sobrenome é Winehouse. Me falaram uma vez ( um fonoaudiólogo ) que minha voz era de um tipo bem raro, que era usado em uma determinada categoria de ópera, algo assim. Cantando, é aquela coisa desabafo, entrega, uma coisa linda. quem eu vejo cantando com a alma, é como sentir ele ou ela se entregando, pedindo socorro, entregando sua voz e coração, uma corda vocal, cordas, vocais, corda, buraco, me tire daqui, segure a corda, eu vou te puxar e tirar dessa profundeza toda escura. palavras, cantadas.

quando você ama uma música, você amará algo além dela, algo que veio com ela. um lugar que ela tocou, alguém que a cantou pra você. o artista que te dedica. e o mais importante: a eternidade. a música fica. o resto vai. a voz reverbera, o som não fica arranhado, mofado, abafado. porque é muito triste se esquecer da voz de alguém. é preciso mais música.

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